Professor Luiz Machado, Ph.D. A criatividade, assim como a inteligência, é uma função de todos os seres para que possam atingir o objetivo maior da Natureza, que é a preservação das espécies, por intermédio da preservação dos indivíduos. Assim como a capacidade de criar existe em todas as pessoas, em certo grau apenas, o tanto necessário para garantir a sobrevivência, a potencialidade de criatividade está bem ali, pronta para ser ativada e desenvolvida. A esta altura, precisamos lembrar que não se deve confundir criatividade com “criação”, pois esta depende do talento, do envolvimento global da pessoa. Criatividade se aprende; criação, não. Nós somos, basicamente, organismos, isto é, conjuntos de órgãos e respectivas funções, feitos para exercer a criatividade. A fim de ativar seu potencial de criatividade, a pessoa precisa, inicialmente, estar consciente de que exercer a criatividade não é um dom especial, somente concedido a algumas pessoas, e, sim, uma necessidade da Natureza. Todos têm a potencialidade de criatividade que, para ser ativada, é preciso que a pessoa se liberte de bloqueios, que podem ser culturais, sociais e psicológicos. Ensinar criatividade, o que é realmente possível, deve começar por aí: remover bloqueios, por meio de explicações teóricas, procedimentos, atividades, vivências e exercícios, tudo isso visando à capacidade de perceber relações analógicas, isto é, semelhanças nas relações. A atitude consciente para a criatividade requer que a pessoa internalize, em seu Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE), que ela é capaz de desenvolver as condições para que crie e, quando ela cria, passa a crer na sua capacidade de criar, por isso colocamos o título deste artigo como “criar para crer e crer para criar”. Nós falamos antes, neste artigo, em procedimentos, atividades, vivências e exercícios para a criatividade, sendo que todos eles devem ter como farol a guiá-los a busca de relações analógicas, pontos comuns no espaço, abstratos, entre duas ou mais coisas. Por exemplo, o sapato está para o pé, assim como a luva está para a mão. Pássaro está para o ar, como peixe está para o mar. É interessante e divertido buscar essas relações e, ainda que o exercício seja simples, é o mais eficaz para treinar a criatividade. É claro que não são só eles, mas eles são a base. Qualquer pessoa pode praticar, em qualquer momento, a sua criatividade, procurando pontos comuns, relações de semelhança e dessemelhança entre pessoas, coisas e objetos. Os pontos comuns que unem essas pessoas, coisas e objetos podem ser visíveis ou abstratos, e este será um dos assuntos dos próximos artigos! No ensino e aplicação da criatividade, o foco deve ser nas pessoas e não nas técnicas. E esse foco nas pessoas pode ser conseguido pelos procedimentos, atividades, vivências e exercícios da Emotologia, que é um conjunto de conhecimentos organizados para promover o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de autorrealização. Professor Luiz Machado, Ph.D. Cientista Fundador da Cidade do Cérebro® Mentor da Emotologia |